O brasileiro tem, por hábito, guardar as economias obtidas através do trabalho, aquele dinheiro suado que às vezes não é um valor alto em si, mas que cria uma reserva financeira que pode ser usada após alguns anos.
O imóvel próprio, a viagem dos sonhos ou o curso superior do filho. São projetos legítimos e que precisam de um planejamento. E na hora de escolher a forma de investir, o primeiro nome lembrado pela maiores as pessoas é a Poupança.
A boa e velha caderneta de poupança, como foi chamadas por décadas, com as máquinas de contar moedas e a expectativa de receber a carta com o extrato.
Hoje em dia, tudo ficou muito mais simples. Mas será que esta forma tão tradicional de guardar dinheiro ainda é interessante? Será que vale a pena guardar seu dinheiro na Poupança?
Por que a Poupança ainda é uma opção para tantos brasileiros?
Simplicidade
Podemos dizer que a grande diferença da Poupança em relação às inúmeras outras aplicações financeiras que existem no mercado é a simplicidade. Basta aplicar qualquer valor e aguardar pelos rendimentos.
Também é fácil de fazer saques, basta ter o cartão da conta e ir até uma agência, sem precisar esperar por prazos de carência para não pagar imposto.
A linguagem financeira dificulta muito o entendimento das outras formas de aplicar que existem hoje em dia, principalmente para a grande maioria dos brasileiros com um nível educacional mais baixo – na verdade, entender as aplicações financeiras é uma tarefa complexa até para profissionais do setor.
Segurança
Outro ponto que atrai muitos investidores para a Poupança é a segurança. É uma aplicação que tem solidez para aplicar e resgatar.
O Fundo Garantidor assegura que saldos de até 70 mil reais serão resgatados caso haja um problema com a instituição financeira. Isso garante os saldos de contas de poupança da grande maioria dos brasileiros.
O rendimento é de conhecimento público, sem as muitas contas que cada banco faz. E os bancos são obrigados a investir 65% dos saldos de Poupança em crédito imobiliário, o que aumenta ainda mais o vínculo social desta aplicação.
Sem custo
Não há taxa de administração como nas outras aplicações e não há desconto de imposto na hora de resgatar algum valor – a Poupança é isenta de Imposto de Renda.
Isto faz da Poupança, em alguns momentos da economia, um investimento mais rentável, mas é importante lembrar que isto é uma exceção: as demais aplicações remuneram em taxas que ainda compensam a taxa de administração e o pagamento do imposto.
Então, a Poupança é financeiramente rentável?
Podemos dizer que não, se comparada às outras aplicações.
É possível ganhar mais em uma aplicação como o CDB e não pagar imposto se retirar o dinheiro com um prazo mínimo de investimento. Ou seja, o ideal é fazer um plano antes: se a ideia é poupar para retirar em 1 ano, por exemplo, um CDB renderá mais, mesmo pagando taxa de administração.
E o rendimento da Poupança é o mais baixo em relação aos outros produtos financeiros: ela depende da taxa Selic, a taxa básica de juros e com limitações impostas pelo Governo. Em muitas situações, o rendimento pode ficar abaixo da inflação – o que tira todo o sentido de colocar o dinheiro em um banco.
Então podemos dizer que, para aplicar a longo prazo, sem precisar resgatar com frequência, as aplicações como CDB, Tesouro Direto e Letras de Crédito são mais rentáveis.
Estas aplicações também têm o Fundo Garantidor, composto por depósitos de todos os bancos para garantir o pagamento das aplicações caso algum banco quebre.
Se a ideia é guardar o dinheiro, ter um rendimento e poder usar rápido quando precisar, a Poupança é uma boa opção, mas pode nem ser a única. Existem aplicações que permitem resgate após 30 dias. Neste caso o rendimento é menor, mas pode ser maior que a Poupança.
Saiba mais sobre investimentos e confira o rendimento da poupança hoje.